A edge computing, ou computação de borda, pode ser definida como uma prática de arquitetura de tecnologia da informação em que o processamento ocorre no local físico (ou próximo) da fonte de dados. Os serviços, dessa maneira, tornam-se mais rápidos e confiáveis enquanto as empresas, paralelamente, continuam a usufruir da flexibilidade da cloud híbrida.
De acordo com uma pesquisa realizada pela IDC, 2/3 dos líderes globais de TI vêm aproveitando a edge computing — e mais de 50% das novas empresas de tecnologia da informação a implementarão em 2023. Faz sentido. Afinal, em meio ao impulso dado à transformação digital através de conceitos como IoT, 5G, IA e machine learning, é imprescindível às organizações construir novas experiência digitais e, assim, acelerar seu crescimento.
Mas o fato é que já há algum tempo diversas empresas centralizaram suas operações, assim como o armazenamento de dados, na nuvem. O surgimento de um número incalculável de devices distribuídos, no entanto, contribuiu sobremaneira para tornar o modelo impraticável. Outro aspecto a ser considerado nesse sentido é o crescimento dos dados gerados e coletados, que vem sendo acelerado por dispositivos de borda como, por exemplo, IoT (internet das coisas) ou câmeras inteligentes — entre outros.
E, para todos os efeitos, especialistas afirmam que, até 2025, cerca de 75% dos dados gerados pelas empresas serão criados e processados na borda — ou seja, fora de um data center centralizado tradicional ou em nuvem (pública, privada ou híbrida). A edge computing, todavia, permite a obtenção de benefícios inestimável por meio da coleta de dados dos dispositivos através de processamento de alto desempenho, conectividade de baixa latência e plataformas seguras, como veremos adiante.
Uma vez que a computação em nuvem vem sendo extremamente exigida por conta dos serviços e aplicações que suporta, é importante ressaltar que, em inúmeras situações, não é o bastante dispor de mais largura de banda ou poder computacional para, dessa maneira, lidar com dados de dispositivos conectados de com mais rapidez, gerar insights imediatos e agir quase em tempo real. Os cinco principais fatores (ou melhor, gaps) sob tal cenário são:
Contudo, ao afastar aproximar determinadas funções (armazenamento, processamento e análise) da nuvem e aproximá-las da borda e do local em que os dados são gerados, é possível obter benefícios como:
O modelo edge computing possibilita, assim, que o processamento desses dados seja realizado no local em que são realmente gerados — e vem sendo cada vez mais utilizado pelas vantagens que proporciona às organizações. O tempo de carregamento vale ressaltar, também é menor — e os serviços on-line são implantados mais perto dos usuários, em cache dinâmico e estático.
Tudo isso, evidentemente, faz com que a coleta e análise de dados em uma organização seja mais eficaz e conduza ao desenvolvimento de produtos e serviços inovadores. Além de, naturalmente, proporcionar experiências digitais cada vez mais relevantes aos clientes por meio de insights mais rápidos — e orientados por dados.