O presente é a low touch economy
agosto 29, 2020Como a LGPD impacta a Jornada CLOUD
setembro 10, 2020Sim, é claro que advento da transformação digital afetou a mídia, e isso não é exatamente uma novidade. Entretanto, ao destacar seus efeitos mais emblemáticos, talvez o primeiro exemplo a surgir na mente é a morte do papel, que vem sendo substituído pela internet – e há exemplos de sobra para ilustrar essa tendência. Seja como for, é bem verdade – e não há exagero ao dizer isso – que a mídia impressa vem sendo atropelada pela digital (e isso inclui, naturalmente, as redes sociais).
Em uma pesquisa, realizada pela Pew Research Center nos Estados Unidos, 63% dos entrevistados afirmaram que procuram notícias por meio da internet – e só 17% ainda dão preferência à mídia impressa. Mas há outro detalhe interessante nesse estudo: entre os entrevistados com 50 anos ou mais, o porcentual de preferência pela mídia digital é 43% – em 2016, era 32%. Ou seja, uma evolução e tanto em apenas dois anos. Não há segredo aqui: em empresas e organizações, os investimentos em publicidade e marketing devem priorizar o digital. O rei está morto (nesse caso, morrendo). Vida longa ao rei!
Pode-se afirmar, assim, que aquilo que era impensável para a maioria das pessoas há cerca de vinte ou trinta anos vem se tornando realidade a passos cada vez mais largos. É o caso, por exemplo, de serviços de streaming como Netflix e Amazon Prime – e o mesmo vale para a realidade virtual (VR), que apesar das dificuldades para cumprir expectativas (até o momento, ressalte-se) vem superando diversos desafios. Aliás, vale destacar que a receita proveniente de vídeos sob demanda ultrapassará as bilheterias de cinema ainda este ano e seguirá crescendo, de acordo com uma análise realizada pela consultoria PwC.
Transformação Digital na mídia: 5G, interatividade e entretenimento
É de se imaginar, portanto, o impulso que o 5G certamente proporcionará – e, já que falamos em VR, não se pode deixar de mencionar os videogames – que, definitivamente, terão mais realismo e interatividade. Ressalte-se que, atualmente, Estados Unidos e China representam 50% do mercado global de entretenimento e mídia, de acordo com a PwC. Não obstante, a previsão é que, nos próximos cinco anos, a China assuma a dianteira em termos de crescimento absoluto no segmento.
Aqui cabe uma reflexão: quando se fala em disrupção tecnológica, conceitos como Big Data, IA (Inteligência Artificial) e Machine Learning são imediatamente mencionados, já que têm impacto direto na produtividade e resultados – e isso é especialmente verdadeiro em relação ao processo de transformação da comunicação e da mobilidade. Afinal, o número de pessoas conectadas atualmente por meio de smartphones – que proporcionam comunicação imediata, conveniente e customizada graças a ferramentas como chatbots – aumenta a cada dia.
A possibilidade de de usufruir de experiências por meio de mídias personalizadas, de acordo com preferências pessoais, horários e em meio às mais diversas situações do dia a dia por meio de smartphones e outros devices é um dos aspectos mais relevantes desta nova realidade, especialmente porque a mídia se torna cada vez digital e pessoal – ou seja, o consumidor determina o tipo de conteúdo que deseja – ou não – e pode recebê-lo por meio de seus dispositivos.
Conteúdo personalizado = resultados
Os modelos de negócio e as ofertas, por sua vez, vêm se adaptando a esse novo cenário para lançar produtos por meio da utilização de dados e e padrões, além de antecipar os desejos dos usuários por meio de IA e cognição. Um bom exemplo são os assistentes virtuais – que, à medida em que registram solicitações, aprendem cada vez mais a respeito dos gostos e preferências de seus proprietários para atendê-los de maneira cada vez mais personalizada. Vale ressaltar, ainda, que mesmo diante de algumas questões relacionadas à privacidade, pesquisas indicam que, em 2024, existirão mais de 500 milhões de speakers inteligentes ao redor do mundo.
No fim das contas, trata-se de um mundo novo, no qual tudo converge para o consumidor – e, por esta razão, empresas e organizações disponibilizam fatias cada vez maiors de seu budget para a publicidade digital. Em 2018, esse total representava 40,6%, e a previsão é que, em 2023 seja 50%. Mas a lição aqui é clara: compreender as características e os anseios dos consumidores e usuários por meio da análise de dados, Inteligência Artificial, cognição e Machine Learning é condição basilar para proporcionar mais e melhores experiências aos usuários por meio de ofertas personalizadas – e, consequentemente, para atingir grandes resultados.