Design Emocional: entenda a magia por trás dos produtos
agosto 21, 2019Insurtechs: ameaça às seguradoras tradicionais?
agosto 26, 2019A transformação digital já chegou no mercado de seguros. Você está saindo de casa rumo ao trabalho. Hoje, está ao volante de um carro. Qual o trajeto com menos trânsito? Qual percurso menos sujeito a incidentes e acidentes.. Quais ruas são mais seguras? Não se preocupe, a inteligência artificial do seu assistente pessoal já verificou as informações de tráfego, da sua seguradora e te deu a rota mais adequada. Ah! E, por favor, mantenha-se nessa rota para não baixar seu rating na seguradora e perder descontos futuros.
Que coisa! Infelizmente, contrariando as predições, uma perseguição policial atravessou seu caminho e um veiculo de terceiro abalroou seu carro. Seu assistente pessoal pede que você abra a câmera do seu smartphone e percorra a região atingida do carro. – Ok! Sinistro registrado. Deseja agendar o serviço automotivo de reparo, agora?
A sequência parece extraída de um filme como “Minority Report”. Mas, nem soa mais tão futurista assim. Internet das Coisas (IoT), Blockchain, Big Data, Inteligência Artificial(AI)e a outras tecnologias emergentes transformaram essas cenas em realidades mais triviais ou, ao menos, possíveis. Há pouco, soariam futurologia. Não mais.
Na América do Norte, Ásia e Europa a transformação digital na área de seguros já é uma realidade bem sólida. Mais, do que isso. Não é preciso se aprofundar muito para concluir que o futuro do seguro é Big Data e Analytics. O futuro do seguro é digital. A companhia de seguros e as corretoras que não avançarem rapidamente nesse caminho perderão mercado.
Haverá sempre o argumento de que ainda há muito o que percorrer pelo mercado tradicional. Alega-se, por exemplo, que mais da metade da frota de veículos do país não é segurada. Talvez não esteja segurada ainda porque a seguradora não propôs um seguro ativado pelo app, desativado quando você sai de férias ou quando deixa o carro na garagem, vistoriado pela câmera do smartphone, “sinistrado” com um clique.
Não precisamos pensar em seguros ou em digital. Há alguns anos, dizia-se que o brasileiro não gostava de sucos. Vieram Maguary com sucos concentrados para o preparo e depois a Del Valle com os sucos prontos e isso mudou de figura. Ou seja: o brasileiro queria suco sim. Mas, não exatamente de laranja. O brasileiro preferia o suco de comodidade, de usabilidade, de ubiquidade.
No caso dos seguros, pode ser a mesma coisa! Prova disso, são as insurtechs. Elas podem estar chegando às centenas e muito focadas em novos produtos, consumidores não atendido. Mas, esse será tema de um outro artigo, em breve. Na prática, o que queremos dizer hoje é que a tecnologia já abre oportunidades de melhorar processos, segmentação, mudar a precificação, reduzir custos, eliminar fraudes e mudar (para bem melhor) a experiência de corretores e segurados.
Oito tendências e tecnologias que impactam o mercado de seguros
Automação
Carros, caminhões, drones, máquinas agrícolas, empilhadeiras estão ganhando automação e autonomia. Um estudo do Fórum Econômico Mundial apontou que a popularização de taxis e carros autônomos resultará em 60% menos carros andando na rua e diminuição de 90% no número de acidentes entre veículos.
Seguro fácil
O processo de adquirir seguro será mais ágil. Graças a Big data e AI as análises de risco serão mais fáceis e automatizadas e a emissão de seguros praticamente instantâneas.
Canais diretos
Dados, conectividade, bots mudarão completamente a forma de distribuir produtos.
Sharing Economy
O mercado do consumo compartilhado demandará também novos modelos de negócios para o mundo dos seguros. Por exemplo, com parcerias com os players de frotas e infraestruturas compartilhadas.
Mobile Only
O smartphone deixa de ser canal de comunicação para ser o principal ponto de interação e ação entre seguradoras e clientes.
Seguros customizados
Dados e análises avançados irão permitir cada vez mais que as seguradoras melhorem produtos, criem novos e, principalmente, otimizem os preços.
Internet da coisas(IoT)
O sensoriamento, seja pela evolução das smartcities, seja pela evolução tecnológica de residências e automóveis, também significará mais dados, melhoria de experiência e produtos.
Blockchain
A tecnologia permitirá novos modelos de distribuição e agilizar o aceite de seguros.
A transformação digital está mudando muitos mercados. Não seria diferente no setor de seguros. A tecnologia está gerando volumes incríveis de informações que por si só mudam a forma de marcas se relacionarem com seus consumidores. Hoje, um carro é capaz de gerar 25 gigabytes de informações por hora, segundo o BI Intelligence. Com a economia do compartilhamento, muitos deixarão de possuir bens. Carros autônomos podem reduzir drasticamente acidentes, riscos e o apetite por seguros. Coberturas inexistentes ou periféricas podem se tornar o “cash cow” do segmento em 10 anos. Enfim, é preciso se movimentar, estudar, acelerar.